quinta-feira, 13 de agosto de 2009

As coincidências do universo - Espumante Salton Demi-sec

Sabe aqueles dias em que tem uma vozinha no fundo da sua cabeça te dizendo para fazer uma determinada coisa? Normalmente a gente finge que não está ouvindo, se agarra com o primeiro par de fones de ouvido que encontra e trata logo de abafar essa sensação. Pois domingo passado eu resolvi obedecer o que meu inconsciente estava gritando e mudar totalmente o caminho que estava fazendo - só para dar um pulinho em um dos supermercados lá perto de casa. Sim, você pode me perguntar, e o que danado a voz estava dizendo?

"Vá no supermercado XYZ comprar espumante".

Quem acompanha este blog sabe da minha decepção em comprar vinho em supermercados. Geralmente a garrafa sai pelo dobro do preço cobrado pelas distribuidoras, e as safras não são as mais animadoras. Mesmo sabendo (racionalmente) disso, resolvi arriscar.

Na porta do supermercado, a primeira surpresa. Um cartaz avisando que o estabelecimento estaria fechando para reforma dali a dois dias, e pedindo que os clientes se dirigissem durante este período a outra unidade próxima, pertencente à mesma rede.

E adivinha o que acontece quando uma unidade comercial está fechando?
Isso mesmo - queima de estoque!!!

Parecia mentira, mas não era: os vinhos estavam com até 50% de desconto.

Utilizando-me de todo o meu bom-senso para não sair de lá com o carrinho entupigaitado (cheio, no pernambuquês de minha mãe) de garrafas, levei só dois espumantes do meu produtor favorito, a Salton. Um brut e um demi-sec. Sabe por quanto?

R$ 9,90 cada um.

Para quem se gabava de ter adquirido o mesmo produto na distribuidora por R$ 15,90, aquilo era o céu! Cheguei em casa ainda enlevada, agradecendo às forças cósmicas por ter recebido aquele recadinho do além :P

Enfim, vamos à impressão do espumante demi-sec, o primeiro que degustei:

Visualmente ele já difere um pouquinho da variedade brut, principalmente por ter uma cor mais puxada para o alaranjado. Brilhante, límpido, com perlage intensa e contínua. Obviamente é um pouquinho mais doce do que estou acostumada a tomar - mesmo assim, bastante agradável. Os aromas lembram fermento para pão e frutas cítricas, no mesmo esquema do brut. Os sabores se mostraram muito parecidos com maçã e lima. Só incomodou um amargor bem pronunciado no fim de boca, que não lembro de ter experimentado em outros espumantes.

Gostosinho, mas faltou o frescor da minha versão predileta.

Classificação: \o/ \o/ \o/
(mas se fosse pelo custo-benefício, seria \o/ \o/ \o/ \o/)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Só uma reflexão

Alguém mais tem a sensação de que o vinho maravilhoso de ontem pode ter gosto de vinagre amanhã, dependendo apenas do estado de espírito de quem o degusta?

Tenho tomado vinhos recentemente - alguns ótimos, outros medianos - mas nenhum me despertou a necessidade de compartilhar a experiência com os cinco leitores desse blog.

Fases da vida, eu presumo.