quinta-feira, 15 de abril de 2010

Festival Brasil Sabor 2010: num intindi nada

Como diria aquela vinheta do Pânico na TV: num intindi nada. Achei uma ótima essa iniciativa do Brasil Sabor, que oferece em uma série de restaurantes afiliados um 'clone' de determinado prato durante o mês que dura a iniciativa.

Ótimo. Dá pra ir com marido e economizar. Legal.

Mas aí é que começa a dificuldade.

São 112 restaurantes participantes só no Estado de Pernambuco. Cada um deles escolhe *o dia e a hora* em que vai disponibilizar o prato da promoção. E o pior - pra escolher onde quero comer, é preciso vasculhar um pdf gigantesco, no qual os restaurantes estão ordenados *alfabeticamente*. Isso pra decidir baseada no restaurante (se é perto ou longe da minha casa), no prato (se tem frutos do mar, a que marido é alérgico, ou não), no dia (se é um dia em que posso dispor de tempo para uma boa refeição) e na hora (se coincide com algum compromisso pré-agendado) em que a promoção acontece.

Confesso que comecei a olhar a partir da primeira página. E já fui desistindo por ali. Tem certas coisas que realmente não valem a pena confundir ainda mais o meu juízo.

Ainda prefiro muito mais o modelo do Restaurant Week. A pessoa escolhe o restaurante e vê qual prato participa da promoção. E durante o tempo que durar a iniciativa, pode ir lá sem estresse a qualquer dia e hora que der no juízo.

Enfim... talvez seja só eu que deteste complicação.

Festival Brasil Sabor 2010 conta com 112 restaurantes pernambucanos


Durante um mês, desta quinta-feira (15) até o dia 15 de maio, 112 restaurantes pernambucanos participam do Brasil Sabor, festival gastronômico promovido pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). O tema desta quinta edição é “Festival Brasil Sabor. Sabores que contam histórias”. São 90 pratos em 112 casas, dos quais 31 participam pela primeira vez.

Uma novidade marca a edição 2010: a promoção “Mais um por conta da casa”. Em horários e dias específicos para cada estabelecimento, o restaurante vai oferecer em dobro o prato do festival.

Além da gastronomia, o festival é apontado como uma ótima chance de expandir o turismo no Estado. Para o secretário de Turismo do Recife, Samuel Oliveira, a gastronomia local é um dos principais motivos para a escolha do Recife como destino turístico. Em todo o Brasil, serão 300 pontos turísticos participando simultaneamente, sendo 15 deles em Pernambuco.

O festival é promovido através de uma parceria entre a Abrasel, o Sebrae, o Ministério do Turismo e Ministério da Pesca e Aquicultura.

A lista está disponível aqui.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Passada (chocada em pernambuquês)

Há alguns dias perguntei neste humilde blog (e no twitter) se alguém conhecia o site oficial da região vitivinícola de Petrolina, Pernambuco. Para meu grande espanto, não obtive nenhuma resposta. Há meses espero uma oportunidade para visitar o local (o preço absurdo da passagem aérea Recife-Petrolina-Recife foi um dos fatores impeditivos) , mas foi somente esta semana que me dei conta da inexistência de informações oficiais e confiáveis sobre o assunto (pelo menos na internet).

Enquanto jornalista, assessora de comunicação e produtora de sites, tenho a maior convicção do mundo que um portal como o do Vale dos Vinhedos (RS) - seria um grande impulsionador da região, tanto em termos de turismo quanto de negócios. As possibilidades de conteúdo são múltiplas! Fotos, vídeos, roteiros turísticos e de negócios, notícias, informações sobre produtos e, claro, uma grande seção dizendo "porque é melhor comprar os vinhos de Petrolina". Sem contar a possibilidade de interação com o público através de enquetes, concursos e perfis em mídias sociais como blogs, orkut, twitter...

O que será que falta para dar o pontapé inicial nesta empreitada?

Sinergia entre os produtores? Uma marca forte para concorrer com outras regiões? A aura de glamour que reveste a atividade vitivinícola?

...ou apenas um empurrãozinho?


quarta-feira, 7 de abril de 2010

O quanto você confia no vendedor?

Depois de um dia exaustivo de trabalho, todas as garrafas parecem iguais

Era quinta-feira santa e eu praticamente dançava entre as prateleiras de minha distribuidora favorita de bebidas, sem saber o que escolher para o feriadão - um verde? um espumante novo ou o de sempre? um tinto! (mas que tinto, meu Deus?). Ao redor, uma turba de compradores passava pelo mesmo dilema - só que com uma diferença: eles simplesmente estavam se entregando aos vendedores da loja.

A conversa era a mesma para todos: alguma preferência, senhor? E se o freguês não expressasse em termos claros que tipo de uva, país ou qualidade preferia, o roteiro sugerido pelo vendedor parecia sempre igual - a seção de promoções (com uma passadinha antes pela prateleira de portugueses, por motivos os quais desconheço). Até simpatizei com uma vendedora baixinha que usava, assim como eu, uns pingentes em formato de pimenta pendurados no pescoço, mas preferi fazer minhas buscas sozinha mesmo.

Aí uma coisa engraçada aconteceu: possivelmente pelo cansaço de duas semanas sem dormir somados aos óculos de grau que ainda não ficaram prontos, eu - que a estas alturas espremia os olhos (e os miolos) numa vã tentativa de fazer o vinho perfeito saltar à vista - de repente assumi uma espécie de aura de connaisseuse (assim, em francês mesmo pra ficar ainda mais digno). E os rapazes e moças, e senhorinhas também, começaram a puxar conversa para ver se eu oferecia uma opção mais interessante de compra naquela noite abafada.

Perguntaram se eu preferia branco ou tinto, se argentino era melhor que chileno, se esta loja era mais em conta que aquela outra. Dei meus pitacos aqui e acolá com muita cautela, balançando mais a cabeça que falando - afinal, a única coisa que tenho segurança para falar categoricamente é que Gato Negro causa amnésia-do-dia-seguinte. Juntei minhas garrafinhas e tratei de dar o fora dali o mais rápido possível.

No final das contas, tenho que admitir que fui atrás do conselho da vendedora simpática com as pimentas no pescoço - e acabei acrescentando às minhas compras um tinto da promoção, mesmo desconfiando que a bebida não vai ser lá a última coca-cola do deserto.

E você?

Confia no vendedor na hora de comprar seus vinhos? Puxa conversa com alguém na loja? Ou às vezes se dá ao luxo de brincar de uni-duni-tê só para adicionar um pouco de emoção à compra?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Petrolina, Pernambuco.

Alguém conhece algum site oficial da região vitivinícola de Petrolina-PE?

Mudança de hábito

E neste feriadão de páscoa resolvi mudar (mas só um pouquinho). Junto com duas garrafas do meu espumante nacional preferido, me dei ao luxo de levar para casa um Cosecha Tarapacá Cabernet Sauvignon 2007.

Vai ser o acompanhamento para um dos pratos à base de cordeiro do Jamie at home que pretendo cozinhar sábado!

Eu e meu guru Jamie Oliver, presente de aniversário que ganhei de marido semana passada

Alguém já teve boas experiências com este vinho?