segunda-feira, 6 de julho de 2009

Terralis Chardonnay Reserve 2005

Uma das grandes dúvidas que me atormentam nesta história de degustar vinhos é saber como comparar experiências novas e antigas. Em minha defesa, devo dizer que sim, uso uma tabelinha para anotar todas as minhas impressões - mas a subjetividade ainda fala alto quando se trata de classificar um vinho como melhor ou pior que outro. "Será que estou viciada na marca X?", me pergunto. A resposta é sempre o eco.

O fato é que às 23h da última sexta-feira, depois do último compromisso de uma semana pra lá de estafante, sentei sozinha no sofá da sala para assistir uma bela comédia romântica. Marido já tinha ido dormir, então aproveitei para cometer todos os pecados que podia de uma só vez. Na mesinha de canto, arrumei um sem-número de petiscos que nem vale a pena nominar. Aos meus pés, um edredom. E a chuva caindo do lado de fora.

Parecia o momento perfeito para abrir minha linda garrafa de Terralis Chardonnay Reserve 2005, certo? Eu, amante do Chardonnay, estava com a faca e o queijo na mão (simbolica e literalmente). A expectativa criada pela experiência quase divinal do Concha Y Toro Sunrise Chardonnay me dizia que seria uma noitada maravilhosa. Qual não foi minha decepção ao sacar a rolha cheia de amor pra dar e descobrir lá dentro um vinho chato, com corpo pequeno, acidez baixa demais e aromas fugidios?

Na taça o danado já me parecia bem menos dourado que o Sunrise - era precisamente de um amarelo pálido, sem lágrimas visíveis (dêem um desconto, já era tarde da noite). E lhe faltava aquela qualidade vibrante, quase "crispy" (não sei como traduzir isto... crocante?) dos chardonnays que já tomei. Na boca, tinha menos dimensão que um copo de água, peso baixo, retrogosto fugaz. Sabores leves de melão e maçã.

Uma pena... se depender desse, vou continuar viciada na marca X.

Classificação: \o/

P.S.: Só agora me ocorreu... será que os quatro anos de garrafa fizeram mal para este vinho?

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